A Comsefe e as eleições para o Sindilegis

No momento em que intensos debates acontecem entre partidários das duas chapas concorrentes para a nova diretoria nas eleições para o Sindilegis e em que denúncias são publicadas envolvendo ambas, a diretoria da COMSEFE resolve:

1. Não apoiar qualquer uma das chapas concorrentes no atual processo eleitoral;
2. Recomendar, a seus associados, abstenção, voto em branco ou voto nulo, como forma de manifestar nosso descontentamento por vários aspectos que envolvem o processo eleitoral do Sindilegis;

Por que questionamos as eleições para o Sindilegis

Essa decisão está fundamentada nos seguintes aspectos:

1. Em Assembléia Geral realizada pelo atual diretoria do Sindicato e que teve como um dos pontos de pauta a aprovação de uma dotação de R$500.000,00 (quinhentos mil reais) para reforma numa sede ocupada pelo Sindilegis na Via L2 Sul, foi definido que todas as etapas de acompanhamento financeiro da referida reforma seriam encaminhados ao associado do Sindilegis Francisco Tadeu Gardesani Luz – atual presidente da COMSEFE – e isso jamais aconteceu;
2. No Congresso do Sindilegis, onde se discutiram e aprovaram as mudanças no Estatuto do Sindicato, com a definição de novas normas de funcionamento da entidade e as regras que norteariam o atual processo eleitoral, o associado Francisco Tadeu Gardesani Luz – atual presidente da COMSEFE, na condição de delegado credenciado para o Congresso, apresentou proposta no sentido de que o Sindilegis adotasse, para si próprio, todas as disposições previstas na Lei da Transparência para o serviço público federal, visando garantir total acesso a quaisquer informações relacionadas à gestão do Sindicato, tanto nos aspectos administrativos quanto financeiros. Na votação dessa proposta, NENHUM diretor da atual diretoria do SINDILEGIS apoiou a proposta. Essa mesma diretoria apóia a eleição da Chapa da Situação na presente disputa.
3. Em relação à Chapa da Oposição, quem conhece um pouco da história do Sindicato sabe do envolvimento de alguns de seus integrantes e/ou apoiadores em diversas irregularidades nas administrações com as quais estiveram vinculados em gestões passadas do Sindicato.
4. Além do aspecto anterior, a Chapa de Oposição está usando um expediente bastante questionável no campo da ética, ao utilizar dezenas de mensagens enviadas por whatsapp a associados, sem que os mesmos tenham autorizado essa invasão de privacidade, o que também atrapalha o processo de eleições para o Sindilegis.
5. Também discordamos do conjunto de regras para formação das Chapas, que criam todas as dificuldades, como que numa reserva de mercado, e impedem que outros grupos possam participar e disputar democraticamente o processo eleitoral, apresentando novas propostas de administração dos vultosos recursos arrecadados mensalmente pelo nosso Sindicato – estimados em mais de 1 milhão de reais mensais.

Conclusão

Diante dessas considerações recomendamos a todos os associados da COMSEFE, que também são associados do SINDILEGIS, que prestem atenção no que está em jogo nesse processo eleitoral de nível bastante aquém do que nossa categoria profissional merece.

Somos uma das mais qualificadas categorias profissionais do serviço público federal e devemos agir para que isso se projete em todas as instituições que nos representam. Aguardaremos um novo processo eleitoral para buscarmos uma participação mais efetiva em relação ao Sindilegis.

Instituições verdadeiramente representativas dependem da participação efetiva de seus associados. Só assim se constroem entidades fortes, íntegras e comprometidas com avanços sociais.